sábado, 12 de agosto de 2006

Mais um.


Mais um arranhão. Golpe profundo de uma promessa de fim. Mais um nó mal atado. Talvez melhor assim, facilita o desenlace. Mais um abrigo seguro que se afasta. Alheio a possiveis mudanças.
Já não quero saber dos gritos que adiam a tua fuga, nem quero ouvir notícias do teu regresso. Agarro-me ao que soube melhor de ti e deixo-me inundar de fotografias a preto e branco que guardo junto aos olhos. Estás aqui mesmo quando não estás, mesmo quando não és tu, mesmo quando não sou eu.
Nem sei ao certo o que quero de ti, o quero de nós. Não sei ao certo o que quero. Não sei. Mas há saudade de outros tempos e desejo de acordar num abraço. Acho que o feitiço se virou contra o feiticeiro e desta vez fui eu que me deixei viciar. Teremos de superar para nos sabermos olhar de novo.
Agora vai na tua fuga clandestina. Sim, clandestina, porque nunca permiti a tua ida.

12 Agosto 2006 : 17.28

5 comentários:

Anónimo disse...

GotUdJoicE*

Anónimo disse...

decidi vir aqui=)

ta lindo menino, sabes quando fechas os olhos e revives coisas?
foi isso que me proporcionaste..

gostei..
obrigada=)

beijinho*

nana disse...

obrigada pela visita!!e amáveis palavras!!
embora não aprecie as comparações!!sou mais pelos superlativos!!!
belo textinho este!!
;)

Anónimo disse...

Se nnc permitiste, talvez esteja na hora de deixar ir. Os momentos vividos permanecem connosco, vivem em nós, e tudo o q se pode fazer é recordar e esperar q o que queres q tenhamos feito, q o tenha sido feito da melhor maneira.

Hmpf... nao gostas vai cagar à mata!

Paulo Mota disse...

Promessas não cumpridas que nos tirão o tecto julgado por nós como sendo o eterno abrigo; foge-nos o chão dos pés e com ele o futuro a dois, mil vezes imaginado...

Adorei o texto, não só este como todos os outros da tua autoria...

Continua a postar e não deixes que essa tua maneira, tão característica e bela de ver o mundo, seja moldada!

Hugs*