sábado, 12 de agosto de 2006

Mais um.


Mais um arranhão. Golpe profundo de uma promessa de fim. Mais um nó mal atado. Talvez melhor assim, facilita o desenlace. Mais um abrigo seguro que se afasta. Alheio a possiveis mudanças.
Já não quero saber dos gritos que adiam a tua fuga, nem quero ouvir notícias do teu regresso. Agarro-me ao que soube melhor de ti e deixo-me inundar de fotografias a preto e branco que guardo junto aos olhos. Estás aqui mesmo quando não estás, mesmo quando não és tu, mesmo quando não sou eu.
Nem sei ao certo o que quero de ti, o quero de nós. Não sei ao certo o que quero. Não sei. Mas há saudade de outros tempos e desejo de acordar num abraço. Acho que o feitiço se virou contra o feiticeiro e desta vez fui eu que me deixei viciar. Teremos de superar para nos sabermos olhar de novo.
Agora vai na tua fuga clandestina. Sim, clandestina, porque nunca permiti a tua ida.

12 Agosto 2006 : 17.28