quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Hoje decidi finalmente entregar-te as mãos. Quero que as leias e as guardes para desenhares todos os traços que encontrares. Entrego-tas limpas, como as tuas, quando as vi brilhantes a primeira vez. Mas ainda tenho restos de impurezas subtis agarradas às unhas, que resistem à vontade de as arrancar.
Hoje consegui manter-me erguido para ti e derrubei-O com o medo de voltar a sentir. E sinto. E por isso entrego-te as mãos, numa extensão de tudo aquilo que suporta o meu corpo neste momento. Como se te quisesse segurar também.
Hoje gritei que encontrei o meu tatuador. E tudo à volta começa a cheirar a citrinos.
Espero-te por perto, Romeu.

3 Setembro 2009 : 06.34