sábado, 12 de novembro de 2011

Madrugada em Lisboa.

Que chão é este?
e que casas?
e que céu?
e que cheiro que vem do chão?
e que céu que não é céu?
algum Deus que me acuda (se ainda há um que reze por mim).
não há chão que me segura.
não há tecto para o coração.

12 Novembro 2011 : 09.48

Faz de conta.

Anda deitar-te comigo e faz de conta que já é (a)manhã. Vamos imaginar um mar novo a subir pela parede e, no tecto, animais constelares de galáxias por descobrir. Vamos renomear os gestos para os poder desenhar com letras, explicá-los melhor. Vamos fumar à janela para que o teu perfume seja o meu. Ou vem sossegar-me apenas no teu silêncio nocturno enquanto a alba me sussura mistérios do amor.
5 Julho 2011 : 23.06