sexta-feira, 30 de maio de 2008

Madrugada.

A cama fica com a forma dos corpos depois do sexo. Os meus dedos ondulam com os lençois sobre formas quase geométricas e cada poro abre-se para novas sensações. Arrepio-me.
Aperto-te contra mim e tremes. Arrancas-me beijos da boca enquanto te mexo no cabelo. Não há espaço entre nós. Somos um abraço único.
Sinto o meu cheiro espalhado pela tua pele. Arranho-te o peito e tenho um orgasmo de imagens. Apenas o teu corpo em pormenores, como detalhes de uma fotografia tua. Sinto-te.
A cama arrefece depois do sexo. Hoje fico com a tua forma dentro de mim. E antes de adormecer, depois de eu também ser o escuro do quarto, agarro-te de novo.
26 Maio 2008 : 03.14

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Berros.

As relação não existem. São manchas nos dias que desaparecem com Martini. Ou então não.

Às vezes achamos que as pessoas nos dizem alguma coisa, coisas especiais, mas nada é para sempre. As pessoas muito menos.
A minha cara é um holofote que atrai olhares-insectos de todos os lados. Traças que dançam à volta dos ouvidos, num zumbido de frequência estranha. Estou taquicárdico ou é a música a fazer pressão em mim?
As relações são como sombras. Ora estão, ora não. Não existem. São apenas projecções daquilo que queremos que elas sejam. Só isso.
16 Março 2008 : 01.17

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Porque é que as pessoas quando andam arrastam os guarda-chuvas? Será por menor esforço ou por mero ponto de equilíbrio desalinhado? Faz-me pensar.

15 Maio 2008 : 17.58