Dissolvo-me em arrepios. Abro os olhos e deixo-as sair. Hoje não dá para dizer que não. Se ao menos soubesse como desatar os nós que fui fazendo ao coração. Se ao menos permitisse alguém de o fazer por mim. Sinto as vontades novamente a aflorar à pele, em gritos aguçados de raiva. E eu deixo que me comandem, numa submissão absurda à minha racionalidade.
Hoje não dá para dizer que não. As fotografias corroem-me as pálpebras em memórias demasiado pesadas para partilhar só com a minha cama. Por isso deslaço-me de mim mesmo, para me atar da mesma forma antes que alguém perceba.
14 Junho 2010 : 19.51
5 comentários:
Conheço tão bem essa sensação... sempre tive medo de ti e sempre te odiei por isso...para ti, sou como algo indiferente e ordinário...o desespero que assume controlo, é o reflexo dos meus nós... é fruto da realidade submissa dos teus. E quando me apercebo do quão humano és, ainda mais fantástico te tornas. Passaram anos, e continuo com a mesma sensação de perigo sempre que estás presente. tenho que te desprezar e fazer com que o teu olhar nao me desarme da minha máscara porque se um dia me descobres o meu mundo vai ruir... é mais um nó... não muito diferente dos teus... e um dia vou deixar de fazer como Scapino para te ser indiferente, e um dia vais-me humilhar mais que o que já o fazes no meu interior...e nesse dia, além de submisso, já não vou poder dar nós...
Continuas perfeito.
V.
chamasse sadamasokismo mental
ridiculo
investiguem em relações do Ego em Psico-socio-patologia, pode ser qe encontrem algumas respostas!
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