segunda-feira, 14 de junho de 2010

Dissolvo-me em arrepios. Abro os olhos e deixo-as sair. Hoje não dá para dizer que não. Se ao menos soubesse como desatar os nós que fui fazendo ao coração. Se ao menos permitisse alguém de o fazer por mim. Sinto as vontades novamente a aflorar à pele, em gritos aguçados de raiva. E eu deixo que me comandem, numa submissão absurda à minha racionalidade.
Hoje não dá para dizer que não. As fotografias corroem-me as pálpebras em memórias demasiado pesadas para partilhar só com a minha cama. Por isso deslaço-me de mim mesmo, para me atar da mesma forma antes que alguém perceba.
14 Junho 2010 : 19.51

5 comentários:

Anónimo disse...

Conheço tão bem essa sensação... sempre tive medo de ti e sempre te odiei por isso...para ti, sou como algo indiferente e ordinário...o desespero que assume controlo, é o reflexo dos meus nós... é fruto da realidade submissa dos teus. E quando me apercebo do quão humano és, ainda mais fantástico te tornas. Passaram anos, e continuo com a mesma sensação de perigo sempre que estás presente. tenho que te desprezar e fazer com que o teu olhar nao me desarme da minha máscara porque se um dia me descobres o meu mundo vai ruir... é mais um nó... não muito diferente dos teus... e um dia vou deixar de fazer como Scapino para te ser indiferente, e um dia vais-me humilhar mais que o que já o fazes no meu interior...e nesse dia, além de submisso, já não vou poder dar nós...

Anónimo disse...

Continuas perfeito.

V.

Anónimo disse...

chamasse sadamasokismo mental

Anónimo disse...

ridiculo

Anónimo disse...

investiguem em relações do Ego em Psico-socio-patologia, pode ser qe encontrem algumas respostas!