viagens marítimas sobre a pele
a minha
e a tua
num embate de sal e areia de uma praia por inventar
no atrito das tuas mãos
sussurrantes
em consecutivos arrepios
esperamos as brisas por vir
e os segredos por contar
acendemos fogueiras pagãs
para dançarmos com olhos-ciganos
ancorados ao abraço um do outro
abraçados às vontades um do outro
embalados nas lutas um com o outro
um contra o outro
em arrítmicos beijos de olhos fechados
inflamo-te as penas escuras
em miados lunares
sob estrelas
sobre mares
em quilhas robustas de barcos encalhados
e deixamos que as gaivotas me tragam saudades de casa
outra que não tu
17 Julho 2012 : 00.45
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