mas que tristeza da igreja à praia
mas que tristeza no colar das senhoras de luto e de castanho
mas que tristeza nas esplanadas da avenida da secundária
mas que tristeza por dentro e por fora dos carros sem pressa
mas que tristeza nos olhos nunca mais vigilantes dos senhores da rotunda
mas que tristeza nos jardins a florir de crianças
mas que tristeza no choro do sino ao longe
mas que tristeza no farol por acender
mas que tristeza nos assuntos e nas conversas nunca diferentes
mas que tristeza no abraço dos amigos sempre iguais
mas que tristeza na estranheza do seu calor
mas que tristeza a inundar esta terra
quanta tristeza
tanta tristeza a desaguar no Mar.
27 dezembro 2014 : 16.24
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