As palavras deviam dizer-se caladas. Irrita-me as formas infinitas como se podem espalhar dentro dos ouvidos, afundarem-se nas circunvoluções da cabeça e provocarem reacções absurdamente incríveis. Sopros de ar sonoro que nos fazem sorrir, aquecer, irritar, chorar, matar. Como é possível terem tanta força? Tanto peso? E como é possível que haja quem não pense nisto, quem não as use bem?
Repito: as palavras deviam dizer-se caladas.
Para as sentirmos bastava saber sentir. E para sentir é preciso mais do que existir. É preciso ser.
Repito: as palavras deviam dizer-se caladas.
Para as sentirmos bastava saber sentir. E para sentir é preciso mais do que existir. É preciso ser.
30 Outubro 2007 : 19.01