terça-feira, 3 de agosto de 2010

Anúncio.

O que será que estás a fazer neste momento? Eu acabei de fumar e agora escrevo-te enquanto a Beni dorme aos pés da cama. Será que estás de férias? Ou esperas numa fila de trânsito no regresso a casa? Em que fila de trânsito? Em que carro? Em que casa é que vives? Acreditas que podemos existir mesmo sem existirmos um para o outro ainda? Já conto com vinte-e-dois anos de histórias e estórias mas nunca ouvi nenhuma tua. Nunca me contaste nenhuma, acho eu. Será que já nos vimos? Será que já me viste? Se calhar também me escreves. Escreve-me. E guarda tudo em garrafas vazias. Uma por cada noite sem mim. Eu faço o mesmo por ti.
3 Agosto 2010 : 20.16

5 comentários:

Anónimo disse...

Sente-me. Descobre-me no calor do ar. Deixa-te abraçar pelos gigantes membros do vento e da brisa. És o que o meu eu não podia, não quer, não esperou ser. Poisado à chuva espera essa realidade de que um dia ter-te é uma realidade, e a descura de ti não passa de negligência de frescura e verdadeiro impetuoso sentimento. Sê puro, sê puro como já eu tentei ser – mas sê dessa tua forma. Tão grave, tão preto. Tão terno é o ar, e o seu calor. Em tal agitação me desfaço, a ver se me encontro um pouco mais perto de ti. Monta-me, mas desta vez mais perto. Mais perto.

Jobim disse...

Parabens por este texto. Este tocou-me no fundo sem saber porquê.

Ass.Noronha

Anónimo disse...

Eu já te falei
Já te adormeci
Já te beijei

E continuo a esperar por ti!

Anónimo disse...

é bom contar as histórias qe nos pertencem aqeles qe conseguimos conqistar para nós! Por isso é qe eu não qero qe contes a minha, podes apenas partilha-la cmg pois é uma historia minha qe posso partilhar ctg, nao uma historia tua qe podes partilhar com outras pessoas!!!
Sou uma conquista dos teus espaços dos qe te rodeiam, até mesmo da beny, são coisas e pessoas, locais e cheiros qe me conquistaram, fotografias do qe nunca foste e ficcionei na minha cabeça, vídeos de um menino qe me fazia lembrar o mito do bom selvagem. Sou uma conquista de gestos frívolos, talvez vazios qe executavas para qe me parecessem honestos, foram? Talvez não...mas não me importa pois deixeime conquistar pelo qe realmente me deslumbrou, e muitas vezes aquilo qe nos rodeia pode apenas identificar-nos mas não nos torna nisso mesmo...
A "tua" conquista comigo começou com um nome NINA...o primeiro artificio qe utilizaste para me prender para me fazer voltar...
Tenta um dia fazer-me voltar por ti, apenas por ti...não como amantes mas como algo superior AMIGOS...

Anónimo disse...

Olá P., bem sei que não somos amigos nem sequer conhecidos, mas por vezes vagueio pelo mundo daqueles que apenas conheço de vista ou coisa parecida, isso agora não interessa!
Gostei imenso do teu texto, muito mesmo! Estava a "surfar" e vi o teu blog e captou me o título "Anúncio". Pensei que, de certa forma, fosse algo mais recitativo mas não! Um pequeno conjunto de perguntas retóricas em que faz qualquer leitor - eu pelo menos pensei - fosse o objecto em questão! Muito interessante a forma como envolves o leitor!
Um abraço