segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Dias. Dias. Dias. Dias.


Há dias que deviam ser mais claros, como holofotes incandescentes a incendiar o céu.
Há dias que não deviam existir, como páginas mal impressas de um livro barato.
Há dias que se deviam esquecer, como memórias escuras que se confundem com a parte de trás da cabeça.
Há dias que o corpo devia adormecer, como se sofresse de ataraxia psicofarmica.
Há dias que as mãos deviam escrever, como aves migratórias nas viagens para longe.
Há dias que os olhos deviam fechar, como caixão que desce rente à terra que cuspo.
Há dias que deviam ser melhores, como um sorriso verdadeiro numa praia de Verão.
5 Novembro 2007 : 22.38

1 comentário:

nana disse...

há e os outros!