sábado, 5 de abril de 2008

O meu sangue.

Deixei-me arder em vermelho, cor dos lábios a morderem por mais. Impulso canibal de não aguentar os instintos. E a tua voz sempre na minha cabeça como tortura merecida. Possuí-me. Deixei-me violar agarrado à pele do corpo e cobri-me de arranhões cheios de vontade. Pecados morais que nunca vais entender porquê. As coisas do outro lado do espelho são tão diferentes. Parece que tudo estala constantemente quando me aproximo do que quero, quando me sinto seguro. Depois sinto o sangue a mudar, a voltar ao que fora, carregado de imagens e outras cores, outros cheiros, outras músicas, e a magoar-me a cada nova pulsação. E eu juro que tento lutar para que não doa. Expludo de vez para gritar por cada pedaço meu, como se isso não me fosse coser de volta da mesma forma. Quero-te mais perto do que agora, mas sinto cada vez mais o teu olhar de longe e é tão pouco o tempo que posso adormecer nele. Quero voltar a enrolar-me em ti, no refúgio do teu abraço, e sentir-te como segunda pele.
Faz-me esquecer-me.

5 Abril 2008 : 05.48

2 comentários:

Anónimo disse...

"O amor vem de Deus, se o ignorardes o vosso sofrimento será inimaginável."
-Princesa Isolda- Idade Média

Anónimo disse...

I agree with you about these. Well someday Ill create a blog to compete you! lolz.