quarta-feira, 9 de abril de 2008

RomeuRomeu em Metamorfose.

Um silêncio que me cobre o corpo outra vez. As pessoas são restos, não pensam sequer. Usam os corpos para dançarem com as folhas e o vento e nada mais que isso. São restos.
Não houve varandas ou outros adornos fictícios, mas proibiram-nos o toque. Depois a luta ao estilo do teu Alexandre, com ouro e grandes véus de seda, que se afundou de tão triunfal que era. Deixaste ser assim. Não te condeno. As vozes nos ouvidos eram demais e não tinhas corpo suficiente para aguentar com tanto peso.
As pessoas são merda. Servem só para meia dúzia de orgamos e para partilhar cafés e cigarros. Mais nada. E o que resta são as tentativas de ser alguém e de conseguir ser mais do que somos. Mas a condição humana é a porra que sabemos, uma âncora bem apertada aos pés para nos lembrarmos que as putas das asas só os pássaros é que podem ter. Por isso, chega de tentar.
Há-de ser um dia. Desta vez não foi, por mais que quisesses. Pode ser que um veneno me mostre o final feliz.

9 Abril 2008 : 23.57

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