quinta-feira, 4 de julho de 2013

/Falta um mês.

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Festejar o aniversário é o mesmo que festejar o tempo que já não temos. Será assim tão digno de festa quando temos menos um ano de vida? É quase contranatura admitir que a vida se constrói ao contrário, mas a verdade é que, enquanto o corpo definha (bem como tudo o que é físico) durante a sua existência, o que somos tem que ser sempre mais. Um crescer metafísico que depende, apesar de tudo, do exoesqueleto que, também, somos nós. É ser de dentro para fora e encolher em simultâneo. E não há paradoxo mais-que-perfeito que este.
Vinte-e-cinco anos e umas horas é o tempo que tive para ser maior, no plano físico e no outro. E é infeliz a ideia de, pelo menos num, já ter falhado.

3 Julho 2013 : 21.14

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